quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Testamento para ninguem


Não sou nenhum santo, nunca quis ser.Pelo contrário, sempre procurei ser o avesso de tudo que estava a minha volta.Talvez essa forma de ser ,tenha me garantido uma espécie de alto proteção .Claro de mim mesmo. Mas o que importa? a loucura ainda não bateu a minha porta, não totalmente. Afinal eu ainda tenho um resto de sanidade que me impede o suícidio.Não falo só de morte física, mas cultural,espiritual, entre outras... Medos?Claro, tenho muitos mas nenhum dos comuns, não temo a morte que aterroriza os homens, nem mesmo a solidão. Quem tem a sí mesmo nunca está só.Temo me tornar algo que não sou,ser caretizado, rotulado, mecanizado... Os "dêmonios" que me aterrorizam são os que me impelem a ser ,cada dia mais eu mesmo. Queimar de uma vez é prefirivel ao me apagar aos poucos. Tenho pra mim que minha vida é um ciclo confuso e descorcertante. Pelo menos para quem a observa de fora, mas devo confessar que em certas horas é uma delícia.
 Não almejo a imortalidade, pelo menos não fisíca. Quero ser lembrado como o cara que nunca desistiu , antes de cair um milhão de vezes. e se levantar dois milhões.Como o teimoso , que acreditava que quando as probabilidades de dar certo eram nulas, era algo que valia a pena ser tentado. Pode demorar muito tempo ou ser daqui a pouco.Mas se fizerem a mesma pergunta que os antigos gregos faziam. Se eu vivi com paixão.a respósta será:  Sim, cada minuto. Não tenho arrependimentos , de não ter contado. e nem tão pouco de ter feito tudo o que fiz na minha vida. Sou o que sou ,faço o que faço! Não me curvo perante ninguem nem me arrependo de ser o ultimo idióta a ser ele mesmo.O que for pra ser será.

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