domingo, 10 de outubro de 2010

Com gosto de madrugada fria



Derrepente achei-me terapeuta de mim mesmo.
Descontente ,desconexo...Ainda com assuntos pendentes
Perdir-me na penumbra da minha sanidade.
Imposto antes pela falta ,agora pelo exesso de idade.
Forço-me a crescer desesperado ,vertiginosamente.

Me torno por um momento inconciente, inconcequente
Tenho agora por imposição de tempos vividos
A responsabilidade que sempre tive
primeiro como menino,logo como adolecente , hoje feito adulto
corpo ,massa fisica , peso bruto

Fiz-me poeta desconhecido
deixei que meu olho ficasse em estado umidecido
Quis provar de todo sabor
Medo ,raiva, alegria ,prazer e dor
enfim entreguei-me ao torpor

Chorei lamentando não ser mais o que fui
Porém dos meus olhos lágrima nenhuma caiu
Arrependido jamais...ainda não conheço tal sentimento
Talvez por isso permito-me esse peso
Essa corrente adamantina de sofrimento

Mas logo vem-me a lembrança do que é belo
Recordo-me que o mundo não são dois rios
Que correm em paralelo
mas é vida que desagua no mar

Do meus lábios escapa um sorriso malicioso
Cheio de interçõe libidinosas
Pois sei que o mundo é feito flor que tem espinhos
Mas são estes que protegem até mesmo as rosas

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