sexta-feira, 29 de julho de 2011

Entre tudo, fico com o nada


Entre as lógicas e sistemas , fico com a simplicidade da mesa de um bar. Entre a ponderação sobre os problemas mundiais e suas soluções, me permito o amanhã imprevisivel. Não necessitando de nada, me forço a querer tudo. Como naufrago que se agarra a um pedaço de madeira, me permito essa avareza vital, que me impele ao inferno das palavras que ainda me mantém vivo ou semi-morto. Na verdade já mão importa. Ainda mantenho meu pensamento, ainda mantenho a minha sanidade a base de whisky e vestígios de amor.
 Por certo que amor é vendido em garrafas, com no mínimo doze anos envelhecidos num barril de carvalho... E eu o bebo, me embriago em seu sabor, bebo pelo gosto, bebo pelo prazer, e em raras noites de lucidez , bebo para dormir. Para evitar de sonhar. Bebo para parar de tentar.

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