quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Gravidade
Gravidade é quando o dia está sério, pesado, sem sorriso, sem mistério, sem a menor vontade de acordar.É o sintoma do tédio, é quando nenhuma cerveja consegue explicar o caos bruto que passa em nossas mentes.É vertigem, é medo de gravidez, de sonhos, de virar burguês. É cheiro de mato,e vontade de mar, de amor , de amar.
Gravidade é falta de cachorro, de latidos, de bagunça e de festejos. É vontade,e é desejo, É a falta da poesia, do espetaculo. Ah!!!Gravidade,gravidade é apatia, necessidade de intenções, do proibido. De beijos e amassos em locais escondidos. Por que grave mesmo,é ter medo de que a Gravidade te mantenha no chão!
sexta-feira, 29 de julho de 2011
Poesia pra manter-me vivo
"Mais uma garrafa vazia, um livro terminado, um amor acabado. Mais uma poesia... Sem doces na boca, sem língua com língua, só voz rouca e veneno pra retina."
Escrever ainda me consola mais que o psicólogo liquido que me é vendido no bar. Pendurando meus problemas nos imãs de geladeira e sorrindo para o dia que ainda teve preguiça de nascer. Encaro infernos diários, como quem encara viagem de sogra. Quem tem poesias , não se alimenta de sobras.
E poesia tem muitas caras, tem cara de amigos, cara de amor. Vem com cara de perigo, e com cara de blues, de cerveja gelada, de criança sorrindo pela cara ter sido pintada. Vem com voz de sono, e de desejo de madrugada, de impulso e atitude impensada . Poesia tem cara de sexo, de sacanagem e vinho tinto. Viagem sem mala. Poesia tem a minha cara e também a tua. Poesia é história floreada, é a beleza nua que ainda não foi mostrada.
Escrever ainda me consola mais que o psicólogo liquido que me é vendido no bar. Pendurando meus problemas nos imãs de geladeira e sorrindo para o dia que ainda teve preguiça de nascer. Encaro infernos diários, como quem encara viagem de sogra. Quem tem poesias , não se alimenta de sobras.
E poesia tem muitas caras, tem cara de amigos, cara de amor. Vem com cara de perigo, e com cara de blues, de cerveja gelada, de criança sorrindo pela cara ter sido pintada. Vem com voz de sono, e de desejo de madrugada, de impulso e atitude impensada . Poesia tem cara de sexo, de sacanagem e vinho tinto. Viagem sem mala. Poesia tem a minha cara e também a tua. Poesia é história floreada, é a beleza nua que ainda não foi mostrada.
Falta
Sempre simpatizei por tudo que não tinha sentido. Pelo que é impuro, imperfeito, que desperta o libido. Sempre me permiti o pecado, o impulso , e o errado. Mas ao contrário do que pensam,não me deixo dominar pelo álcool, e as vezes sinto falta de um amor. Sinto falta do sorriso da menina, de paixões mais alucinogénas que L.S.D. e beijos mais viciantes que cocaína.
Tenho lembranças remotas de momentos brilhantes: Do nascer do sol na praia, dos beijos da estrangeira de cabelos tangerina. Da conversa de bar e contar estrelas no rosto da menina. Sinto falto do que tenho, do que tive e dos sonhos que ainda vou ter. Falta do mar, do jazz e do que costumávamos ser. Saudades de mim e de você. Eu sinto falta , da falta de tudo isso... Falta da falta que a falta faz.
Entre tudo, fico com o nada
Entre as lógicas e sistemas , fico com a simplicidade da mesa de um bar. Entre a ponderação sobre os problemas mundiais e suas soluções, me permito o amanhã imprevisivel. Não necessitando de nada, me forço a querer tudo. Como naufrago que se agarra a um pedaço de madeira, me permito essa avareza vital, que me impele ao inferno das palavras que ainda me mantém vivo ou semi-morto. Na verdade já mão importa. Ainda mantenho meu pensamento, ainda mantenho a minha sanidade a base de whisky e vestígios de amor.
Por certo que amor é vendido em garrafas, com no mínimo doze anos envelhecidos num barril de carvalho... E eu o bebo, me embriago em seu sabor, bebo pelo gosto, bebo pelo prazer, e em raras noites de lucidez , bebo para dormir. Para evitar de sonhar. Bebo para parar de tentar.
quinta-feira, 2 de junho de 2011
Cigarros, Cafés e jornais
Sem tempo para sentir o sabor e com o gosto amargo na língua, o desespero e a falta de beijos matam mais que a fome. Já não sente solidão, as noticias insanas dos jornais tiram-lhe o desejo por companhia. Se entregando ao trabalho , como quem se entrega a uma amante, tumido de tristeza palpável, tão adamantino como é, alimenta a alma com café.Puro, sem açúcar, sem vontade de mascarara o gosto amargo. deseja ter cortinas de fumaças que brotem de seus pulmões, que o danifiquem, implora que o coração pare com o seu "bum Bum" tão irritante. Sonha , sonha com o dia que a dor morrerá aos poucos, assim como faz o seu corpo , envenenando-se com cigarros, cafés e jornais.
Ela e outras flores
Acendi um cigarro tentando não pensar no dia de trabalho que passou, nos problemas e no sorriso dela. Na falta que me faz a sua pele, o libido, o cio, como um lobo que ama apenas uma vez ou um Casanova que busca um amor que lhe valha a vida inteira, me afundo no bolor dos meus livros ou no copo de whisky envelhecido, talvez em ambos ou em nenhum.Enveneno meus ouvidos com músicas mais apaixonadas que o poeta que as cometeu. Deixando o borbom de uma boa musica mais leve que o éter me esquentar, me perco em paixões devorando partes do que sou, sem desejar outra vida, outro amor. Cultivo em meus jardins plantas mais carnívoras que leões, e não me sinto desprotegido na companhia das flores. Mesmo com a fragancia ainda sinto falta do perfume doce de sua pele,do furor de seus instintos mais selvagens, de sua unha a rasgar a pele da minhas costas, dos momentos em seu corpo, mais intensos que um filme de Amodovar. Trocando todos os meus sonhos e versos por uma noite com ela, já que não me adianta todas as flores,troco as que tenho por uma pétala da minha bela.
domingo, 24 de abril de 2011
Me peguei pensando
Me peguei sentindo falta do mar, sentindo vontade de cheirar vida, me peguei com falta de um amor que nunca tive. Daquele tipo de romance ,que só sabe quem o vive. Me admirei estar vendo o oceano por uma janela digital, sem perfume de flores, sem um cachorro teimoso ,brincando no quintal. Reli minhas músicas, e poemas. Não senti falta de coisa grande ou pequena. Tudo já me era o bastante, intenso, o que era continuo ou inconstante.Sentindo nos olhos um leve formigar, assim de uma vez, sem floreios,canções de ninar.
Me aqueço após um banho de chuva, me aqueço com o meu café amargo. Sem certeza do amanhã, sem o gosto doce do pecado ,o prazer do sexo , da maçã.Vivo um dia como se fosse seis, com a mesma intensidade, até mais, derrotando um dragão por vez.Não me arrependo do que fiz, nem do que vou fazer, mantenho a espada em minhas mãos , lutando contra os meus demónios até o amanhecer. Tudo que vivo , tudo que sou, me levou até aqui, eu me sinto tão vivo e já não me nego sorrir. Rasgo o céu com a ponta dos meus dedos,minha vida é agora, nem tão tarde, nem tão cedo, por pura implicância faço do inferno o paraíso, já que para ser perfeito , não precisa ter sentido.
sábado, 26 de março de 2011
Desapego quase incomum
Quero baldear o oceano, com a palma das minhas mãos, sem acreditar em milagres de vidros ,feitos por homens ou madeiras esculpidas. Quero o prazer de uma morte destilada e construída por estilhaços , como todos os sonhos. Hoje as palavras pesam mais que o álcool que a muito abandonou o meu corpo. Não tenho todas as ambições que perturbam os homens, na verdade não possuo nenhumas delas. tenho desejos feitos de papel mache, de jornal, de folhas de carvalho. Meus anseios estão grudados nos imãs de geladeira e não me preocupo com o pão que me alimentará amanhã.
Em tempos difíceis como este em que passamos, me pergunto aonde estão os grandes homens, os doutores da lei,e suas grandes ideias... Vejo que a única ideia que me passa na cabeça , é que existem pedaços de gente, com migalhas de dignidade, segurando o fio fino entre a vida e a morte, que as Parcas caprichosamente se negam a cortar. Me pego com o coração na mão desejando que ele fosse forte como o metal ou diamante, que aguentasse a pressão que minhas responsabilidades e palavras exigem .
uma coisinha estranha chamada amor
Pela primeira vez me pego pensando nisso, nessa coisinha estranha que chamam de amor, nesse pedaço inegável do nosso coração que habita no peito de outra pessoa, nessa sensação de desespero, de bem querer, na necessidade indomável de estar perto de quem não se tem, ou de quem se tem. Me pego ouvindo as músicas que d'outrora eram só belas canções, sentindo um sabor novo em cada acorde, em cada verso ensandecido carregado de intenções. Me perco no coração da menina, como quem, se perde no mar, me jogo nesse novo plano, correndo pela serra dos meus anseios, em alta velocidade, em rotação incontável, me atiro do último andar , deixo que o vento me leve ao céu.
Ah! esse negócio chamado amor,sempre achei um despautério , um despropósito, mas deve ser por ele que as palavras sabem virar poesias. Eu não sei explicar, e na verdade creio que nunca poderei fazê-lo, nem eu, nem você leitor. Nenhum de nós pode entender essa raposa, que nos rouba o coração, como quem rouba uvas, mas posso dizer, sem ele, o mundo, essa bola azul que conhecemos , faria menos sentido.
Ah! esse negócio chamado amor,sempre achei um despautério , um despropósito, mas deve ser por ele que as palavras sabem virar poesias. Eu não sei explicar, e na verdade creio que nunca poderei fazê-lo, nem eu, nem você leitor. Nenhum de nós pode entender essa raposa, que nos rouba o coração, como quem rouba uvas, mas posso dizer, sem ele, o mundo, essa bola azul que conhecemos , faria menos sentido.
sábado, 26 de fevereiro de 2011
A felicidade não entra por portas trancadas
Me peguei pensando nisso, como quem pensa no futuro, ou em um amanhã imprevisivel. Por certo que já não tenho nada alem de canções e sorrisos, que me impelem a verdadeira felicidade, mesmo quando me esqueço de apagar as luzes e limpar os pés depois de pisar no barro molhado,no gramado , no asfalto pintado. Sorvendo pequenas quantidades de whisky ou de café, qualquer uma dessas que me deixe em pé. Rimando ao som de um jazz, pensando em provas de matemática ou de amor, entre números e sabor.Em cima da pedra, pronto para pular e abrir as portas do porão da alma, já que felicidade não entra por portas trancadas.
Me peguei abrindo as janelas, apagando as velas e deixando a luz entrar, querendo sentir o amor ou mar. Como quem se entrega ao vento da primeira brisa da manhã.Há quem compare o pecado a maçã,quem confia no céu como em uma irmã.Me atiro no som, ou me atiro do alto, vendo beleza em músicas ou em meninas de salto, lembrando de um amor das parábolas de um arauto, eu penso e eu falo: Resolvi desdizer tudo que disse, apagar, convencer, mentir ou dissipar a mesmisse, sangue real que não quer ser príncipe, mendigo que não quer ser bacana, macaco que prefere cachaça a banana. Não quero, não gosto ou não vou, a negatória que ainda denuncia o que sou, sem loucas ou louças pra lavar , sem carros ou canções de ninar. sou tudo e nada disso ,com portas e janelas abertas, da alma ou do lar, já que em porta fechada , felicidade não consegue entrar!
Me peguei abrindo as janelas, apagando as velas e deixando a luz entrar, querendo sentir o amor ou mar. Como quem se entrega ao vento da primeira brisa da manhã.Há quem compare o pecado a maçã,quem confia no céu como em uma irmã.Me atiro no som, ou me atiro do alto, vendo beleza em músicas ou em meninas de salto, lembrando de um amor das parábolas de um arauto, eu penso e eu falo: Resolvi desdizer tudo que disse, apagar, convencer, mentir ou dissipar a mesmisse, sangue real que não quer ser príncipe, mendigo que não quer ser bacana, macaco que prefere cachaça a banana. Não quero, não gosto ou não vou, a negatória que ainda denuncia o que sou, sem loucas ou louças pra lavar , sem carros ou canções de ninar. sou tudo e nada disso ,com portas e janelas abertas, da alma ou do lar, já que em porta fechada , felicidade não consegue entrar!
quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011
A ordem dos loucos
Sentindo ainda o cheiro das águas que me purificaram a pouco, com aquela sensação nostalgica, de que a vida me acrescentou mil anos de experiência em segundos sob a água. Me perco ao som dos acordes do contra-baixo de uma velha canção, aos sons de palavras tão minhas, sem nunca terem me pertencido.Cada segundo me vale a pena, cada acorde, cada canção. Carregado de sentimentos como um trem que parte para lugar nenhum, como um anjo louco que se arremessa do firmamento, me jogo no jogo da vida, apostando todas as minhas fichas em dados viciados, rezando a todos os deuses que conheço e até mesmo os que não tenho consciência da existência.Clamo por uma reabilitação, ou pela entrega total.
Entrego-me aos meus devaneios, como quem se entrega ao carrasco,me jogando do alto, acreditando em contos de fadas, em trols, gnomos , elfos e nos duendes das caixinhas de cereais. Como um naufrago masoquista que recusa-se a ser salvo, deixo-me levar pelas marés de um pesadelo com curvas femininas. Se for pra voar eu vou subir sem me preocupar com a cera em minhas asas. Que minhas raízes cheguem ao inferno antes que minhas folhas alcancem o céu, para que os ventos não me enverguem, nem meu caule se quebre com o passar da tempestade.
quinta-feira, 27 de janeiro de 2011
Quando o silêncio é loucura
E com o passar do tempo, as coisas estão voltando o seu devido lugar,as engrenagens que doutrora estavam enferrujadas, se mostram eficazes e prontas para retornarem ao seu ciclo comum. Em tempos difíceis como este, me sinto novamente, um garoto, um cara que poderia mudar o mundo com uma guitarra na mão. Vejo a capacidade abominável que o homem tem para causar a dor em seus semelhantes, mas vejo algo mais interessante , vejo a força de pessoas solidárias, que ainda mantêm corações de crianças, que carregam consigo o mais puro dos mandamentos, que amam ao próximo talvez, mais do que a si mesmos.
Ah !! O garoto, aquele que poderia mudar o mundo, hoje ,já está crescido, ainda com aquele sorriso bobo, ainda com sua guitarra, gritando que o mundo pede socorro, que esse pedaço de carne que envolve o corpo é uma prisão, prisão para a alma...Gritando para que as outras crianças de corações adormecidos acordem, e descubram que silêncio, é loucura. E ficar parado é só um forma de permitir o descaso.
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