sábado, 7 de dezembro de 2013
Por Quanto se Ajuda?
Li um caso hoje de verdadeira ajuda, de um cara qualquer, com uma vida normal, que fez a diferença, que mudou o destino de um moleque, mas um moleque destes de rua como tantos outros, e não ele não pegou esse moleque e levou pra casa, deu estudo, casa, comida e roupa lavada. Não esse cara comum fez mais, ele deu um sonho, ele deu esperança não só para o moleque, mas pra todo um conjunto de pessoas que leram o seu relato, em determinada parte do discurso a lá meu pé de laranja lima, o moleque, aquele de rua, que cheira cola pra tentar espantar a fome, que não come a dois dias, que provavelmente não tem nome. Ele diz que tem um sonho que nunca poderá realizar, que sonha em ir ao cinema, escolher o lugar, sentar na poltrona macia. E é ai que o cara qualquer, mudou o destino desse moleque pra sempre, ele já tinha dado de comer ao moleque, a um moleque qualquer como tantos outros, ele já tinha dado dialogo que com toda certeza era algo que o moleque não tinha, mas velho, faltava algo, algo que pra nós é tão corriqueiro, faltava o sonho, e hei, o cara foi lá e deu o sonho do moleque, pegou o moleque pela mão e disse, seu sonho é um cinema, vamos lá. E até aqui parece a caridade que eu tanto desprezo, mas o que mudou, é forma do relato, do jeito maravilhado com que aquela criança ficou por um total desconhecido que não tinha nenhum dever para com ele, se importar, alimentar, lhe dar seu sonho, e falar semana que vem tem mais. Ainda parece caridade não é? Mas eu percebi a diferença hoje, depois e tantos anos, detestando caridade, eu percebi o porquê, o porquê da apatia, do descontentamento quanto ao ato. Quando você faz caridade, você só está afirmando que a pessoa, não vai sair daquela situação porque sempre terá alguém pra lhe oferecer algo, mas quando você ajuda, você da algo mais primoroso, você vende sonhos, e meu irmão vender sonhos, não é para os fracos.
Imagine a seguinte situação, você foi e deu algo que a pessoa nunca teve, e eu não estou falando desses programas medíocres do governo, bolsa esmola, e o cacete a quatro, eu estou falando de dignidade, de você chegar pra pessoa e dar o que ela realmente nunca teve, você pode pensar que isso não mudou em nada a vida dessa pessoa, mas meu caro, você acabou de mudar um mundo inteiro, você abriu uma perspectiva de vida, de esperança pra alguém, de que se ela batalhar, lutar e seguir o mesmo exemplo que você, ela pode ter um futuro descente, algo que ela possa se orgulhar. A dignidade constrói por si só uma ponte adamantina. Pessoas são como argila, você pode molda-las para serem o que você quiser, mas é somente quando você as lança no fogo, é que elas se tornam uma obra prima. E neste caso o fogo é a dignidade de trata-las como iguais, e oferecer o que o mundo cruelmente lhes roubou: Sonhos.
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