Indecente,
imoral e sem-vergonha
Como diria Nando
Reis o amor é algo muito vulgar, digo mais, é violável, imoral , indecente , e
tortamente sem-vergonha, sim tortamente, do tipo torto mesmo. Essa criatura
pouco austera, é tortamente sublime, não é aquele ser, que você coloca na
balança e percebe que ele é mais pesado, amis valioso, pelo contrário ele é
frágil, suscetível, a impulsos, ao fracasso e ao despautério inatista. Ele já
nasce com aquela ideia de que tudo pode ser conseguido por desejo dele, e por
ele as coisas ficam mais fáceis... Mas meu caro e precioso amigo, o amor não é
fácil, não é sublime e tão pouco é doce... Ai de quem se aventurar nas mazelas
de amar, deve estar preparado, posto que o amor se perde, se mata, se afoga e
também se esquece... O amor é um ser mutável, é uma espécie de uma canção
sincera não terminada, mas se você quer amar, ame, se afogue neste sentimento,
por mais q o amor seja um sentimento torto, inescrupuloso, deve-se pular sem
boia nessa lagoa, o amor é construído de erros, lembre-se ele é sem-vergonha. Você nunca vai amar alguém por suas
qualidades, o amor não é algo que se coloque no currículo: Alto, forte, moreno,
e amoroso... Não, é algo mais do tipo, feio baixinho e cabeçudo, amor sempre
causa destempero, e temos que nos acostumar com isso, você vai por muitas vezes
perceber que pra amar uma pessoa, você primeiro vai odiá-la, ficar bravo, o
casal que diz que se ama e não briga, não se ama, não se completa, não formam
um belo par, é só algo sem força sem tesão, sem a mínima sensualidade. Pra ser amor
tem que ser imoral: posto que ele deve acontecer de um jeito pouco ortodoxo,
tem que ser indecente: já que nele e por ele não deve haver pudores, e
sem-vergonha pra correr atrás da felicidade que é o que realmente vale a pena.
