quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Coisas Velhas






                   

     Coisas Velhas




Saudade dos velhos tempos, do puro e despreocupado rock n roll. Não dessa vida morna, sem cor, sem voz, sem cordas para nos atar ao que é bom. Saudade do gosto que as coisas costumavam ter. Do que a amizade significava, da união que nos atava, e hoje isso tudo é apenas cinzas de um papel que o vento já soprou, e os meus pecados não me condenam, e as mentiras não me envenenam. Vejo como vidro, tão transparente, mesmo que grite que é tudo escuro preto breu. Palavras às vezes não dizem nada, e as que não falam queimam mais que brasas atiçadas nos ventos da boca que te beijou. O peso dos anos não é mais que vinte toneladas, nada tão pesado quanto traição da canção que embalava, e hoje eu só quero dormir em paz. Um desabafo desajeitado, ou um beijo com sabor de cravos, eu fico com o segundo e deixo o resto fazer companhia pra o que ficou pra traz.