segunda-feira, 29 de novembro de 2010
Meus desvaneios
Os monstros e demónios que me aterrorizavam quando minha alma ainda habitava o corpo de uma criança, hoje não passam de lembranças lúdicas do meu passado. Caço meus próprios monstros e me de gladio com os meus infernos diários, sem perder a força de uma tempestade, e a inquietude do mar que se abriga em meu peito. A chama da esperança ainda arde e a fé destinada as crianças ainda corre junto ao sangue em minhas veias, elevando meus pensamentos como águia em contacto com os acordes de uma antiga canção
Minha geração, se encontra desmotivada, alimentando a angústia, como se ela pudesse acrescentar mais um dia a semi-vida que os seus joelhos inconscientes arrastam. Perdendo tempo em a lamentar suas desilusões,sem tomar uma atitude, como borboletas dentro de um aquário que até embelezam o ambiente mas não satisfazem a sua gana por liberdade.
Mas eu, eu não serei um destes, por certo romperei os vidros e quebrarei os grilhões que tendem a prender meus tornozelos, e com o tempo a minha geração enfrentará os seus infernos diários e serão a voz dos que tem voz , mas se calaram a muito tempo, sem coragem pra gritar por sua própria liberdade.
terça-feira, 23 de novembro de 2010
A ampulheta
Com o passar do tempo,e o correr da areia, vemos como é escasso o nosso prazer, prazer por boas conversas, por um livro sincero,por se ter um amor,e até mesmo por querer tê-lo.O tempo corre veloz, nos atropela, marca em nossas peles a sua presença, impiedoso, por vezes teimoso, nos acelerando os bons momentos,e fazendo durar o que gostaríamos que passasse em um segundo. Mas o que é bom não precisa durar, só precisa ser intenso.Pergunte a qualquer um sobre seus bons tempos, sobre a intensidade deles, quem não se lembra dos poucos segundos de um beijo já a muito esperado, do arrepio causado momentos antes de algo incrível acontecer?
Digo que não é o tempo que governa a ampulheta da razão, e sim que é a intensidade que rege o universo. Não sabemos quanto tempo ainda temos sob o sol, ou quantas horas de sombra iremos aproveitar, mas continuamos lutando, nos agarrando a esperança de que o mundo ainda pode ser melhor, de que ainda temos tempo de mudar o curso da história, que por certo tende a ser cruel.Mas acredito cegamente que se o mundo ainda é mal, o culpado está diante do espelho.
Como um soldado que envia uma carta de desespero, peço que continuem acreditando, que areia pode se deter, e o sol pode brecar o seu curso para que possamos concertar o que há de errado.Acreditem na sinceridade e bondade do tempo ,mas nunca parem de lutar, e lutem até que os ponteiros dos relógios derretam sob o sol.
segunda-feira, 8 de novembro de 2010
O Jardim de Cactus
Hoje com os joelhos cansados, olhando atravez de meus aquários. Tento não pensar no segundo seguinte, deixo o tempo correr entre meus dedos, na esperança mimada de que as próximas horas sejam verdadeiramente muito boas.Boas como o beijo as escondidas, como o drink com os amigos, como aquela música tocada na hora certa pra ti fazer explodir, como a viajem ao litoral sem pousada certa. O cheiro de liberdade ainda está empreguinado em minhas roupas, no meu hálito, em todo o meu ser. A incerteza se tornou a única coisa certa sobre mim, abro os meus braços ao sabor do vento, ouvindo "Under pressure" a carregar todo o peso do mundo em minhas costas. Vejo o por do sol por entre os fios dessa cidade tão cinza, mesmo assim o vejo magnifico, teimoso, a despencar do firmamento em direção ao horizonte.
Um jardineiro que não sabe o que faz planta cactos em seus jardins.Me sinto o tao jardineiro, nesses tempos cheios de pessoar feitas de plástico em que vivemos, se apegar a sentimentos, ainda é a melhor saída, o melhor universo paralelo... Com tudo ainda vejo uma fagulha de esperança nos caminhos que iremos trilhar, mesmo sem saber o que o faz o jardineiro terá em seus jardins belas flores.
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